quinta-feira, 29 de abril de 2010

Cães em Câmera Lenta

Eu simplesmente amei esse video.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Rottweiler

De acordo com a Wikipédia, o Rottweiler "é um cão de guarda e defende seu território, e de acordo com o livro "The Intelligence of Dogs" de Stanley Coren está em 9º lugar entre os cães mais inteligentes e brilhantes, que aprende comandos em menos de 5 repetições e em 95% das vezes obedece ao primeiro comando que seu dono dá (...)".

Os Rottweilers medem entre 56 (altura mínima das fêmeas) e 68cm da cernelha (altura máxima dos machos).
São cães robusto, em geral dominantes e muito calmos. O peso varia entre 37kg (peso mínimo das fêmeas) e 65kg (peso máximo dos machos).

A caudectomia (corte da cauda) era muito comum em cães como o Rottweiler e o Dobermann (que tinha inclusive as orelhas cortadas também, como o Pitbull, o Dogo Argentino e o Dogue Alemão). Esse procedimento foi proibido, mas alguns veterinários ainda fazem a caudectomia ilegalmente.


Rottweiler caudectomizado



Rottweiler não caudectomizado

A cor mais comum do Rottweiler é o black & tan (preto e canela).

É uma raça com tendência a displasia coxofemural e/ou de cotovelo, por isso, é ideal pedir exames para o dono do canil antes de efetuar a compra de um filhote.
Outra coisa que é importante e que muitas pessoas não fazem: procurar canis em clubes de raças. Um clube que tem aqui no RS é o Clube Gaúcho dos Criadores de Rottweiler, o Rottchê, se encontra no Menino Deus, na Múcio Teixeira (telefone pra contado: (51) 9999.6686). Um clube permite que apenas os cães com APP (certificado de "Permitido para o Acasalamento") procriem. Para tal, o cão deve apresentar três pré-requisitos:

1 - laudo da isenção da displasia coxofemural nos graus moderado ou grave;
2 - súmula de participação em exposição de estrutura, informando que sua aparência corresponde à exigida pelo padrão da raça;
3 - aprovação no Teste de Índole, que avalia seu equilibrio, autoconfiança e predisposição à sociabilidade.

O tempo necessário de exercícios diários, é de 35min.
É um cão dominante, mas muito ligado à familia.

Também é comum ter problemas gastroentéricos (um exemplo é a parvovirose), sendo necessária uma vacinação rígida e sempre bem mantida, assim como a vermifugação.

A escovação diária se faz necessária para a saúde dos pêlos.

Os Rottweilers não são muito agitados, nem sedentários. O temperamento ideal é de um cão com dominância moderada. Dá pra fazer uma avaliação com o teste de Volhard.
São cães familiares, mas ficam muito bem sozinhos.
Quanto a visitas, os especialistas dizem que, pelo sim, pelo não, o ideal é prender o cão, pois é uma raça que fica constantemente alerta.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Roer

De acordo com certas situações que estou passando (Belita rói de tudo e Marley parece ainda gostar de "afiar" os dentinhos), achei interessante postar algumas idéias aqui.

Primeiramente: por que o cão rói?



Aos 45 dias de idade (a idade mínima pra sair de perto da mãe, apesar de eu ser totalmente a favor do filhote ficar até os três meses com ela - que é quando o filhote entra na fase da socialização, assunto pra um post futuro) o filhote quase não tem dentes. Os primeiros já estão bem "à mostra", indicando o desmame. Mas os dentes terminam de nascer lá pelos 60 dias (quando os dentinhos dos fundos surgem). Todo esse ciclo de dentinhos de leite nascendo e machucando a gengiva instigam o filhote a roer, ou seja, ninguém escapa dessa fase. Então, aos 60 dias o filhote entra na fase de "descobrir do que as coisas são feitas"; é quando ele começa a comer cocô, rasgar jornal, roubar aquele enfeite na prateleira debaixo da estante... Até ai, ele se conteve em roer os pés do sofá, da mesa, da cama, destruir possíveis peças de roupas. O filhote então começa a se concentrar mais (não esquecendo que o nível de concentração varia de cão pra cão), prestar mais atenção nas coisas, cheirar, latir, testar os donos, fazer xixi fora no lugar, etc.
Não demora pro filhotinho lindo ser visto como um monstro destruidor de lares. Mas até ai, o filhote ainda não tem tamanho pra ser tão destrutivo. Cães de raças grandes, aos dois meses, são enormes, sendo exceção à regra, Belita mesmo tá medindo 30cm da cernelha, sendo mestiça de border collie (imagino que vá ficar maior).
Então o filhote, aos quatro meses, começa trocar os dentes, o que irrita e machuca a gengiva muito mais. São os dentes permanentes, maiores, bem maiores. Ai ele desiste do pé da mesa, das pequenas peças de roupas, do rodapé dos móveis e passa a morder tudo o que der na telha, até o próprio rabo. E a troca permanece, até os seis meses, mais ou menos.
Quando se pensa que o cão está mais calmo e que não pode ficar pior, o cão se mostra incansável e começa a latir, correr, tudo isso num apartamento minúsculo. Aos sete meses termina o ciclo de vacinação, e o cão, inquieto, ainda rói as coisas, inclusive as patas, o rabo, a mão do dono, o pé descalço, o chinelo de couro novinho do chefe de família, ou o vestido que foi deixado na cama pra ser colocado 10min depois.
Não satisfeito, irritado, estressado e completamente decepcionado com aquele fofinho de 45 dias que foi pra casa, o dono decide que é hora do cão fazer exercício pra queimar toda essa energia! Pois bem, o dono compra uma coleira, das melhores: confortável, bonita, prática, longa, firme, cara, etc. Quando coloca o seu "pequeno grande filhote" no chão, o cão entra em pânico: grita, esperneia, late, chora, se debate... Ou, nos casos mais amenos, congela, empaca, treme, às vezes geme e não sai do lugar. Alguns cães podem se urinar. Também existe um terceiro caso: os cães curiosos e dispostos a fazer o social! Se emocionam e saem puxando o dono sem nem sequer dar bola, esquecendo-se que ele que está sendo levado pra passear pelo dono e não o contrário. É claro, que dependendo do tamanho, ambas situações não fazem diferença (exceto o fiasco, que é um mico só e todo mundo olha pro dono como se este fosse um monstro, machucando o pobre filhote!).
Enfim, o dono desiste, decide tentar outro dia quando estiver mais calmo, paciente e o cão continua a destruir tudo, ficar inquieto, correr pelo apartamento minúsculo, latir terrivelmente ou outras coisas piores como, por exemplo, fazer xixi em cima das camas, destruir cortinas ou qualquer coisa que fique ao seu alcance, incluindo jornal e enfeites aleatórios. Como tudo é proporcional, nem todo cão vai ser tão agitado, tão destrutivo, tão barulhento, tão inquieto, tão ativo, tão incansável. Mas Marley é um desafio pra mim até hoje, e ele tem apenas 38cm da cernelha. Continua roendo coisas, mesmo tendo espaço pra correr e outros cachorros pra brincar.

Os motivos podem ser vários. Geralmente se baseiam em nascimento, crescimento, queda e crescimento (duas vezes: de leite e permanentes) dos dentes, muita energia, tédio, falta de exercício, etc.

Cães ativos como labrador, border collie, pastor de shetland, podem se tornar um grande problema dentro de um apartamento, ou mesmo em uma casa onde o dia-a-dia é sempre o mesmo, onde não há exercício diferente, corridas, caminhadas, passeios longos, passeios curtos várias vezes ao dia, atenção, brincadeiras novas e diferentes, enfim.

O segredo é dar uma qualidade de vida adequada ao cão, ter uma raça que se enquadre no seu pique e ter paciência, porque todo o cão passa pela fase destrutiva. Como foi dito, tudo é proporcional. É claro que um teckel não vai destruir metade do que um labrador destruiria.

domingo, 4 de outubro de 2009

Inteligência: Cães x Bebês

"A inteligência canina é semelhante a de bebês"

Foi isso que disse um estudo realizado na universidade de Viena. Um grupo de pesquisadores austríacos fez testes semelhantes em crianças (ou bebês) e em cães de diversas raças. Os resultados da pesquisa, que foram publicados na revista científica “Current Biology”, constataram que os cachorros tinham uma inteligência semelhante à de crianças com 14 meses de idade.

Os testes realizados para medir a inteligência dos cães e das crianças foram divididos em duas etapas. Na primeira, as crianças ficavam observando suas respectivas mães entrarem num quarto com as duas mãos ocupadas e como estavam com as mãos ocupadas as mães acendiam a luz usando a testa para apertar o interruptor. Depois disso os bebês foram estimulados a também acenderem as luzes, só que os bebês aperteram os interruptores com as mãos e não com a testa, ou seja, eles analisaram a situação e perceberam que as mães usaram a testa porque estavam com as mãos ocupadas e como eles estavam com as mãos livres seria mais fácil utilizá-las do que a testa.

Os testes que os cientistas fizeram nos cachorros foi semelhante ao das crianças. Desta vez eles treinaram uma collie chamada “Guinness” para que ela empurrasse uma barra de madeira com as patas e não com o focinho como os cachorros costumam fazer. Toda vez que a collie empurra a barra os cientistas davam-lhe um pouco de comida como prêmio. Um grupo de cães observou a cadela empurrar a barra com as patas enquanto ela estava com a boca ocupada mordendo uma bola. Logo em seguida, um segundo grupo de cães assistiu “Guinness” empurrar a barra de madeira com as patas, mas sem nada na boca desta vez. Assim como fizeram com as crianças os cientistas colocaram os cães para fazer o mesmo que eles tinham observado. Primeiro foi usado um terceiro grupo que não havia visto “Guinness” empurrar o pedaço de madeira com as patas. Como era de se esperar, 12 dos 14 cães deste grupo empurraram a madeira com o focinho. Depois os cientistas mandaram os cães que haviam visto a cadela empurrar a madeira sem nada na boca. O grupo era formado por 19 cães, dos quais 16 imitaram a cadela e também empurraram o objeto com as patas, pensando que também receberiam algum prêmio.

Quando foi a vez do primeiro grupo, dos 21 cães que haviam visto a collie empurrar a barra de madeira com a boca ocupada, 17 deles usaram o focinho para empurrar a barra. Foi a partir da observação deste fato que os cientistas notaram que os cães, assim como as crianças, perceberam que a cadela havia usado as patas apenas porque estava com a boca ocupada e que seria mais fácil para eles usar o focinho.

O interessante desse estudo é que ele mostra que os cães fazem uma imitação seletiva, pois dependendo da situação eles são capazes de perceber se eles devem imitar o que eles acabaram de ver ou não.

sábado, 3 de outubro de 2009

Animais têm sentimentos?

Quem gosta de bicho não duvida que seus companheiros de estimação sentem simpatia, indignação, ou gratidão; cientistas, porém, fazem distinção entre respostas a estímulos e a interpretação das próprias emoções.

por Klaus Wilhelm



No horizonte surgem duas manadas de elefantes, andando uma ao encontro da outra. As colossais criaturas fazem um barulho ensurdecedor, abanam suas enormes orelhas e dão voltas em torno de si. Elas parecem se conhecer - e o ritual todo lembra uma verdadeira reunião de família.

Qualquer pessoa que tenha viajado pelas savanas africanas pode ter testemunhado um desses eventos. Ao longo de décadas de trabalho de campo, Joyce H. Poole, diretora de pesquisas do Fundo Amboseli para Elefantes do Quênia, presenciou encontros similares muitas e muitas vezes. "Elefantes", diz a bióloga, "ficam felizes por ver seus velhos amigos e conhecidos."

Pesquisadores já presenciaram manadas reunidas ao redor de natimortos. Os elefantes tocam o corpo do filhote repetidamente com as suas trombas, como se tentassem ressuscitá-lo. Passam dias em vigília, derramando lágrimas. Quando um membro da manada está doente ou foi ferido por um caçador, eles acariciam a vítima, reconfortando-a, e cuidam dela até que se recupere.

Outros animais também demonstram emoções. Chimpanzés quando brincam emitem sons característicos de alegria e riem.Cachorros latem de maneira a convidar outros cães a participar de brincadeiras, e pesquisadores que reproduziram esses sons em canis e abrigos para animais abandonados conseguiram provar que o som reduz o nível de stress dos animais. Especialistas dizem que ratos de laboratório, quando acariciados, guincham alegremente em fre-qüências sonoras superiores às que os seres humanos conseguem ouvir.
Pessoas que acreditam nos sentimentos dos animais em geral são acusadas de antropomorfismo - atribuição de características humanas a seres não-humanos. Contudo, após anos ignorando ou desprezando o que os amantes dos animais de estimação sustentam há muito tempo, a ciência finalmente começa a acreditar que, se não todos os bichos, ao menos os mamíferos apresentam alguma forma de emoção.

Ansiedade emocional
Alguns cientistas exploraram corajosamente o mistério das emoções dos animais. O naturalista inglês Charles Darwin, pai da teoria da evolução, escreveu A expressão das emoções no homem e nos animais (1872).

Ninguém pode negar que as reações dos animais têm um lado emocional, ele concluiu, dadas as impressionantes similaridades entre o comportamento humano e o animal. No século passado, porém, consagrou-se a visão reducionista de que abelhas, sapos, vacas, cães, gatos, cobras e lagartos seriam organismos com padrões de comportamento instintivos e rígidos. Os bichos seriam desprovidos de sentimentos.

Recentemente, no entanto, uma visão mais flexível começou a ganhar credibilidade, à medida que se começou a questionar as vantagens evolutivas que os seres humanos, ou os animais, tiram das emoções. Segundo o darwinismo, todo e qualquer organismo tem por objetivo supremo reproduzir-se o mais freqüentemente e da melhor forma possível.

No caso de minhocas, insetos ou águas-vivas, seguir um padrão predeterminado de comportamento para atingir esse objetivo basta. Porém, entre peixes, répteis, aves e vertebrados, o comportamento é menos previsível. Em última análise, o comportamento dos mamíferos é muito maleável e imprevisível, e por isso sua atividade não pode resultar única e exclusivamente de modelos já estabelecidos. Como ratos, bodes, símios, elefantes e seres humanos sabem quais ações favorecem a sobrevivência e a reprodução? Entre outras coisas, eles contam com as emoções.

A afirmação de que um animal pode "utilizar suas emoções" significa que seu cérebro reage a certos eventos de maneira particular - uma rede de neurônios é ativada, dando início a um comportamento previsível. Um animal evitará situações que, anteriormente, o fizeram se sentir ameaçado. Do mesmo modo, animais procuram repetir ações que associem a experiências positivas. Mas a pergunta permanece: será que o animal sente? Nesse ponto, os especialistas divergem.

Boa parte da discussão se dá em torno das definições de emoção e sentimento. Não há acordo entre psicólogos e neurologistas nem mesmo no caso dos seres humanos, quanto mais no dos animais. No livro Em busca de Espinosa, publicado em 2003, António R. Damásio, da Universidade de Iowa, apresenta um esquema que tem aceitação crescente e que distingue emoções primárias, quase instintivas; emoções sociais, que ajudam um indivíduo a conviver em grupo; e sentimentos, que nascem da reflexão autoconsciente.

Emoções primárias incluem medo, raiva, repulsa, surpresa, alegria e tristeza, e Damásio as atribui a vários animais. Até mesmo a Aplysia, um molusco marinho, demonstra medo. Quando suas guelras são tocadas, sua pressão sangüínea e seus batimentos cardíacos aumentam e seu corpo se encolhe. Isso não é reflexo, diz Damásio, mas elementos de uma resposta ao medo, que compreende reações complexas. Ele enfatiza, porém, que organismos tão primitivos não produzem sentimentos. Para Damásio, as emoções são sinais físicos do corpo, em resposta a estímulos, e os sentimentos são sensações que surgem quando o cérebro interpreta essas emoções. Tanto em humanos como nos moluscos marinhos a freqüência cardíaca aumenta e os músculos se contraem, mas um organismo só registra a sensação de medo se o cérebro percebe as alterações físicas.
Entre as emoções sociais, Damásio lista simpatia, constrangimento, vergonha, culpa, orgulho, inveja, admiração, ciúme, gratidão, contentamento e indignação. Essas reações tampouco estão restritas à espécie humana. Gorilas adotam atitude arrogante para ganhar o respeito de outros gorilas. Lobos em posições hierárquicas inferiores na alcatéia demonstram resignação com "gestos" de humildade. Cães que levam broncas de seus donos dão sinais evidentes de constrangimento. Mesmo assim, como no caso das emoções primárias, neurocientistas entendem que essas ações são inatas, automáticas e as colocam entre os mecanismos usuais de que os animais se valem para a sobrevivência.

Reflexão ancestral
Os sentimentos, ao contrário, surgem da mente analítica. Uma pessoa que se sente bem, que experimenta alegria, está consciente de que seu corpo se encontra num humor específico. A percepção de tal sentimento requer processamento de regiões somatossensoriais do córtex cerebral, que mapeiam as partes do corpo e suas condições além de, simultaneamente, controlar a atividade cerebral que avalia o que essas condições significam. Esse processamento constitui o que se chama de auto-reflexão, e pode ocorrer devagar ou rápido.

É difícil provar que animais possuem capacidade de auto-reflexão. Damásio aventa a possibilidade de que chimpanzés pigmeus, por exemplo, talvez sejam capazes de sentir pena (emoção social) de outros animais, mas eles não teriam "consciência" disso. Em face da impossibilidade de definir o que se passa na mente de um animal, Damásio reluta em afirmar que eles têm sentimentos.

Outros especialistas, no entanto, estão dispostos a aceitar a idéia. Jaak Panksepp, renomado especialista em comportamento da Universidade Estadual de Bowling Green, Ohio, concorda que apenas seres humanos refletem sobre seus sentimentos, graças a seu neocórtex altamente desenvolvido. E apenas humanos podem controlar e fingir sentimentos, como políticos e atores o fazem.
Panksepp não acredita, porém, que sentimentos surjam apenas da reflexão. Ele afirma que a raiz das emoções se encontra em regiões do cérebro tais como o sistema límbico, muito antigo do ponto de vista evolutivo e presente em todos os mamíferos. Ele cita, a esse respeito, uma recente pesquisa liderada por Naomi I. Eisenberger, da Universidade da Califórnia. Eisenberger usou imageamento por ressonância magnética funcional (fMRI, na sigla em inglês) para monitorar a atividade cerebral de pessoas que se consideravam socialmente excluídas. Pedia-se aos voluntários que participassem de um jogo de computador, em que eram informados de que havia dois outros participantes ocultos. Na verdade, os "outros" eram ícones controlados por um software. Os três participantes deveriam arremessar uma bola virtual uns para os outros, mas as duas "pessoas" controladas pelo computador passavam a bola apenas entre si, ignorando a pessoa real que as observava na tela. Os voluntários sofriam com a experiência, por se sentirem excluídos.

Os resultados do fMRI obtidos durante o experimento mostraram atividade significativa em várias regiões do cérebro, especialmente no córtex cingular anterior. Estudos anteriores indicam que pessoas que se vêem em situações depressivas apresentam atividade incomum no tálamo e no tronco cerebral. Essas regiões desempenham papéis importantes no sistema límbico - área cerebral que produz e regula as emoções.

Alegria e diversão
É interessante notar que porquinhos-da-índia prematuramente separados da mãe apresentam grande atividade no mesmo sistema cerebral. Na visão de Panksepp, a sensação de solidão e vulnerabilidade, e o stress dela decorrente, têm origem em mecanismos arcaicos que são a base do sentimento de tristeza dos humanos. O sistema límbico é uma estrutura cerebral antiga, e o fato de ele desempenhar papel importante indica que a emoção é parte fundamental da vida dos animais.

Biólogos que observam sinais de contentamento em animais concordam. Nas florestas tropicais de Sumatra, orangotangos balançam em galhos de árvores e batem as mãos em poças d'água para se divertir. No Alasca, corvos deitam e escorregam sobre telhados cobertos de neve sem motivo aparente. Búfalos da América do Norte berram ao deslizar, de propósito, sobre tufos de grama congelada. Macacos da ilha japonesa de Honshu brincam com bolas de neve.

É largamente aceito que mamíferos possuem tendência inata para brincar, porque a interação os ajuda a descobrir oportunidades sociais e testar limites. Eles aprendem habilidades que mais tarde serão importantes para a sobrevivência. Mas o que os motiva a brincar? Marc Bekoff, biólogo da Universidade do Colorado em Boulder, pesquisou profundamente o tema. Ele afirma que é a necessidade de diversão que leva à brincadeira.

Estudos sobre o metabolismo do cérebro fornecem evidências de que os sentimentos dos animais talvez não sejam muito diferentes dos sentimentos dos seres humanos, pois entre eles há processos cerebrais comuns. Pesquisas mostram que o neurotransmissor dopamina é importante no processamento de emoções como alegria e desejo tanto em humanos como em outros mamíferos.

Ainda não é possível provar, através da observação, se um animal possui sentimentos conscientes, do mesmo modo como não se pode ter certeza sobre o que uma pessoa sente no íntimo. Experimentos de laboratório indicam que pelo menos alguns animais dispõem de capacidade de autoconsciência. Portanto, não é totalmente despropositado supor que talvez tenham consciência de suas emoções. Bekoff lembra que os sentimentos dos animais não precisam ser idênticos aos das pessoas.

Humanos ficam felizes de inúmeras maneiras. Animais talvez fiquem felizes de um jeito diferente daquele dos humanos.

É possível que animais e humanos compartilhem orgulho, alegria, sofrimento e vergonha. O psicólogo Marc Hauser, da Universidade Harvard, observou um macaco reso que, depois de copular, passou a desfilar cheio de si até que tropeçou e caiu. Aflito, olhou ao redor antes de se levantar - aparentemente envergonhado do tombo. Quando teve certeza de que ninguém o vira, ergueu-se, empertigado, como se nada tivesse acontecido.

Para Bekoff, as novas descobertas têm não apenas valor científico, mas também significado social: se os animais são capazes de sentir emoções, então temos uma razão a mais para tratá-los com carinho.



- Tradução de Demétrio Toledo

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Comer Grama

Todo mundo já viu um cachorro, seja grande ou pequeno, viralata ou de raça, comendo grama.
Há muitas razões para esse tipo de comportamento, mais do que normal, em nossos queridos cães.
Uma das explicações mais interessantes é apresentada pelo Dr. Holly Frisby, médico veterinário, na Carolina do Norte (EUA), do Hospital Veterinário Winston:

Os parentes caninos selvagens de nossos cães domésticos, como os lobos, as raposas e os cachorros-do-mato, possuem como parte essencial de sua dieta a captura de animais herbívoros, sendo assim, indiretamente, esses animais selvagens acabam ingerindo muitas gramas e plantas que estavam nos intestinos daqueles herbívoros.

Portanto, cães domésticos podem comer grama e matinhos porque, na realidade, é uma parte normal da dieta deles...
Segundo Dr. Frisby, comer grama está na natureza deles...
Ou, simplesmente, nossos amigos cães domésticos estão procurando a mesma nutrição fresca e crua, que era desfrutada por seus antepassados selvagens, saudáveis e fortes.

Outra razão, bastante intrigante, é o fato de cachorros comerem grama quando estão correndo e caçando.
Ocorre que na caçada o cachorro come a grama por onde a sua presa passou e, até mesmo urinou (um rato, um coelho, um tatu, uma cotia).
Dessa maneira, o cão caçador junta informações através da sensação do cheiro e do gosto do animal a ser procurado e caçado...
E, finalmente, cachorros comem gramas e matinhos quando se sentem com o estômago"enjoado".
A grama age como um irritante do estômago, fazendo o animal vomitar a comida "indesejada" ou o "veneno" ingerido...

A grama, também, adiciona fibra à dieta do animal, melhorando o trato intestinal e reduzindo o risco de câncer de intestino.
O mais interessante é que o ato de comer grama faz com que nossos cães, mesmo involuntariamente, consumam um produto muito importante para a saúde: a clorofila.
A clorofila inibe o crescimento bacteriano em feridas, combate as infecções de gengiva, de garganta e de úlceras grásticas e inflamações de intestino.
É responsável pela renovação de tecidos, promove uma flora intestinal saudável e ativa enzimas para produzir vitaminas A, E e K.

Mas, cuidado, aquela graminha do jardim, do quintal ou da calçada pode estar contaminada com agrotóxicos e poluição, a ingestão desses "verdinhos" pode ser tóxica e, também, o que é muito preocupante, trazer vermes e parasitas para o seu animal.
Mas a tecnologia aliada à natureza tudo pode e tudo providencia...

Há no mercado nacional um produto chamado Graminha Para Cães,
para que os nossos amigos possam se abastecer de fibras vegetais e clorofila, sem qualquer tipo de aditivo químico... É um potinho com tampa, dentro há sementes de aveia, milheto e azevém, misturadas a um substrato inerte.

Basta abrir o potinho, colocar água e em 6 a 8 dias obter brotos verdes, tenros e nutritivos que eles vão adorar e devorar.
É um produto natural, sem agrotóxicos,
sem contaminações, livres de vermes.
Além de fibras vegetais, os brotos comestíveis são ricos em vitaminas, sais minerais, aminoácidos e micronutrientes.
Bastam algumas folhinhas por dia para a satisfação de nossos amiguinhos...
É saudável e nossos cães agradecem...

Colaboração: Laudo J.L. Bernardes
Diretor de Operações da
PetPira Produtos Para Animais Ltda
(19) 3421.8504
laudobernardes@uol.com.br
petpira@uol.com.br

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A grama ajuda a melhorar seu processo digestivo. "É um comportamento normal e que não deve causar preocupação", afirma o veterinário Mauro Lantzman, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Embora não sejam vegetarianos, os cachorros, assim como outros animais carnívoros, como gatos, lobos e raposas, possuem esse hábito. "A fibra presente na grama ingerida pelo cão tanto melhora seu trânsito intestinal quanto provoca vômito no caso de o animal ter ingerido algum alimento que não lhe fez bem", diz Mauro. Isso acontece porque os vegetais têm a capacidade de irritar o estômago canino e provocar a rejeição daquilo que está causando náusea e dor, como alimentos impróprios e estragados. Os gatos também podem comer grama para expulsar do estômago, por meio do vômito, tufos de pêlo ingeridos durante as lambidas no próprio corpo. Já a ingestão de terra por totós e bichanos é um sintoma característico de deficiência de sais minerais (inclusive cálcio e fósforo) na dieta.

Fonte


quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Vacinação

"Segundo a Drª Jean Dodds e muitos outros pesquisadores, com muitos artigos publicados em periódicos científicos, a revacinação anual de cães e gatos, além de desnecessária, é agressiva ao organismo. Há de se considerar, também, o fato de que muitas vacinas são feitas sem a devida indicação, segundo a citada doutora.

Ainda de acordo com a Drª e demais pesquisadores, a imunidade conferida pela vacina contra raiva, cinomose e parvovirose perdura por, no mínimo, 3 anos

Acredito que ainda há quem pense: "Mas, ah! É só uma vacina. Se não fizer bem, mal não faz!"

Aí é que está o problema... A primeira coisa a mudar na mentalidade das pessoas é que as vacinas não são desprovidas de efeitos nocivos. Segundo os pesquisadores, a vacinação confunde o sistema imune e a over-vaccination (excesso de vacinação) pode levar a quadros de patologias auto-imunes, que os veterinários, inadvertidamente, explicam como "uma questão genética" ou "coisas da idade". Essas respostas auto-imunes podem manifestar-se como alergias, gastroenterites crônicas, epilepsia, alteração de comportamento, tipos diversos de leucemia, tumores, alopécia, coceira e uma gama enorme de sintomas. Os problemas conhecidos pela over-vaccination são conhecidos como vacinoses.

Vacinose e reação vacinal são fenômenos completamente diferentes.
Reação vacinal é o efeito adverso que ocorre imediatamente ou em um curto período de tempo após a aplicação da vacina. Exemplo: dor local, perda de pelo no local da aplicação, coceira e, até, choque anafilático.
Vacinose é a doença crônica decorrente da vacinação.


Obviamente, aceitar o novo esquema vacinal vai ser um enorme desafio porque as empresas (multinacionais e nacionais) querem vender vacinas, alguns veterinários prezam pelos cofres cheios à ética profissional, e acabam por imbuir insegurança aos seus pacientes. Aliás, eu mesma, ao conversar informalmente com um veterinário, já escutei: 'Isso não vai 'colar' aqui. Todo mundo gosta de vender vacina, porque a margem de lucro é alta.' (...)"

Fonte: villechamonix

Curiosidades

1. Os cães suam através das almofadinhas e do focinho.
2. Os cão são mais suscetíveis a atacar alguém que está correndo do que alguém parado.
3. A maior ninhada ocorreu em 1944 quando uma American Foxhound teve 24 filhotes.
4. O cão que mais viveu foi um Australian Cattle Dog, registrado na Austrália com nome de Bluey. Viveu até os 29 anos e 5 meses.
5. Dar chocolate pode ser fatal. Um ingrediente do chocolate, a teobromina, estimula o sistema nervoso central e o músculo cardiaco. Cerca de 1kg de chocolate à base de leite, ou apenas 146g de chocolate de culinária servem para matar um cão de 22kg.
6. Os cães selvagens que vivem em matilhas na Austrália, são chamados de Dingos.
7. Se um cão tiver a cauda erguida, é sinal de dominância.
8. Os cães têm cerca de 100 expressões faciais, a maioria delas é feita com as orelhas.
9. O cão com o maior repertório de truque é uma poodle chamada Chanda-Leah, que realiza 469 truques.
10. Não há mais huskies siberianos na Sibéira.
11. Os cães vêem cores. Apenas não tão nitidamente como os humanos.
12. Quando os cães têm dores de estômago, comem grama para vomitar.
13. Dois cães sobreviveram ao naufrágio do Titanic. Escapara no primeiro bote salva-vidas, que levou tanta pouca gente que ninguém se incomodou que eles estivessem lá.
14. Os americanos gastam mais com comida de cachorro que com comida de bebê.
15. O cão de guarda húngaro Kuvasz não é geneticamente um cão branco. É um cão preto com pêlos brancos.
16. Geralmente, a boca de um cão tem menos bactérias e germes que a boca de um humano.
17. Augie, um Golden Retriever, colocou de uma vez só 5 bolas de tênis em sua boca.
18. Na hora da refeição, um cão é mais receptível a ensimanetos. Um filhote aprende muito mais rápido o seu nome quando é chamado para comer.
19. As raças mais altas são: Grand Danois, Wolfhound Irlandês, São Bernardo, Mastim Inglês, Borzoi e o Karabash da Anatólia (cão pastor turco).
20. Olive Oyl, um Wolfhound Russo, pulou corda 63 vezes em 1 minuto.
21. Os cães da raça grandes têm um aparelho digestivo muito sensível. O menor stress pode causar amolecimento das fezes ou diarréias.
22. O aparelho digestivo de um cão de raça pequena representa 7% de seu peso total, contra somente 2,7% para um cão de raça grande.
23. A fabricante de brinquedos TAKARA criou um computador de mão que traduz o latido em bom Japonês. O aparelho é equipado com um programa que interpreta o humor do animal de acordo com o tom dos ruídos. O cão usa uma coleira com um gravador. O som é transmitido para o tradutor que interpreta na tela de cristal líquido como alegria, frustração, tédio...
24. Quando adulto um cão de raça pequena atinge 20 vezes o seu peso de nascimento, enquanto o cão de raça grande ou gigante poderá atingir 100 vezes.

Cão Guia

Não é qualquer cão que tem capacidade pra ser cão guia. A seleção é bem rigorosa e leva anos. Quando o animal envelhece, é doado para ter um final de vida digno.
É um animal que trabalha a vida toda, em troca de nada. É, nada. Ele não recebe nada em troca, não recebe petiscos, festas, nada disso. Por quê? Ele não pode se desconcentrar.
É proibido inclusive dar carinho em um cão guia enquanto ele está sendo treinado e/ou trabalhando.

A preferência por um certo tipo de raça varia dependendo da localidade/país. Mas em geral, os mais usados são:
Pastor Alemão;
Golden Retriever;
Labrador.
E ultimamente tem-se experimentado cruzar Labrador com Poodles gigantes. O Labradoodle herda a personalidade do labrador e o pêlo do poodle, que é antialérgico, possibilitando que cegos com rinite, asma, etc, usufruam de um companheiro guia.
Na Nova Zelândia, usa-se muitos vira-latas.



O que se procura num cão guia?
- Temperamento dócil e equilibrado;
- Facilidade de adaptação a novas situações;
- Tamanho;
- Tipo de pelagem;
- Inteligência;
- Facilidade em aprender.

Treinamento:
Após o nascimento, os filhotes são observados até a 8ª semana de vida (56 dias) para verificação de saúde, temperamento, nível de dominância.
Os aprovados passam por um período de socialização e convivência com humanos que dura 1 ano. Enquanto estiver no lar temporário deverá ser exposto ao maior número de situações diferentes possíveis, saindo para passear todos os dias, a pé, de carro, para diferentes lugares, por diferentes distâncias e tempos variados, passar por locais tranquilos e movimentados, tendo bastante contato com muitas pessoas, entrando em lojas e restaurantes, fazendo viagens com a família, participando de todos os acontecimentos familiares e vivendo dentro de casa.
Nessa fase também deve-se ser feito o adestramento básico, onde o cão aprende: senta, deita, fica, parar pra descer/subir escadas, parar pra atravessar as ruas, o junto (andar ao lado esquerdo e um pouco à frente), saber se comportar educada e tranquilamente em todos os lugares, como também nos táxis, ônibus, metrôs, etc.



Então, ele volta para a escola, onde será treinado por mais 7 meses, em média. Os cães que não se qualificarem serão doados para pessoas com dificuldades locomotoras, para serem farejadores, companhia, etc.
Nos 3 primeiros meses, o adestrador profissional técnico para a função, vai verificar o aprendizado que o cão obteve no tempo que passou com a família adotiva, fazendo as devidas correções e aperfeiçoamento do treinamento básico.
O adestrador reforçará e aperfeiçoará a condução do cão em linha reta e posicionado à sua esquerda, fazer o fica a qualquer momento, parar e sentar para atravessar ruas, desviar de obstáculos elementares (buracos no chão, poças d'água, latões, sacos de lixo, etc) e aproveitar toda e qualquer situação que surja durante os treinos. Assim que o cão se adapta, é introduzido o peitoral específico de guia.

Dependendo da performance do cão começa a adaptação ao peitoral. Ele deve se acostumar com o equipamento e também ter mais atenção e concentração fazendo os exercícios num trajeto mais complicado, diversificando mais situações e reforçando a sua atenção aos obstáculos, desviando sem esbarrar e dando espaço para ambos (cão e treinador) passarem.

Os cães que passarem, irão conhecer seu futuro dono cego. O cão será escolhido de acordo com a vida do cego, para atribuir a cada um o cão mais adequado.
O mais importante durante esse processo, é a boa condução do cão, levando-se em conta o temperamento do animal e não exigindo mais do que ele foi preparado para pôr em prática. Até as repreensões devem ser cuidadas, já que dependendo de como for feita pode deixar o cão medroso e/ou inseguro/sem iniciativa.

O processo de integração com o dono dura 3 semanas. O dono irá receber todas as orientações necessárias de como cuidar e manter o cão e, principalmente, como "usá-lo" como cão-guia.

Os cães-guia são entregues castrados (tanto fêmeas quanto machos). Esta medida tem como objetivo evitar os problemas decorrentes da maturidade sexual dos cães, que ocorre normalmente entre os 12 e 18 meses.

Cuidados Especiais:
- Os cães guia de cego não devem ser tocados por pessoas estranhas durante o seu horário de trabalho;
- Não distraia ou tente brincar com ele enquanto ele estiver trabalhando. O seu dia-a-dia é bastante estressante e deve ser respeitado.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Teste de Posse Responsável

Teste

Total de pontos: 50

"Você ama seu cão e já tem uma boa relação com ele. Mas não se acomode, sempre podemos aprender mais sobre o mundo canino! Você sabia que é possível treinar um cão adulto ou que existem esportes especiais para os cães?
Continue se atualizando e, sempre que surgirem dúvidas, consulte o veterinário de seu animal."

Acho que estou indo no caminho certo, sempre pesquisando e etc.
Faça o teste também e divulgue. :) Assim, mais pessoas saberão se estão indo pelo caminho certo ou se ainda têm muito o que aprender.